Uma das principais pragas no cultivo de cana-de-açúcar no Brasil é o Sphenophorus, popularmente conhecido como bicudo da cana-de-açúcar. Desde quando
foi proibida a colheita de cana com a queima, a presença e o acúmulo da palha favoreceu o aparecimento desta praga.
Acreditamos ser unânime entre os produtores e pesquisadores que essa praga seja a mais preocupante dos canaviais, pois o seu controle é extremamente difícil,
já que ela passa grande parte do seu ciclo de desenvolvimento protegida na parte subterrânea e nas touceiras. O ciclo de vida desse inseto dura cerca de dois
meses. Suas larvas bloqueiam os rizomas e a parte basal dos colmos causando a morte das touceiras.
Os danos refletem-se no número, tamanho e diâmetro de colmos finais para a colheita, sendo que as perdas econômicas podem ser estimadas em relação à
redução nas toneladas de cana esperada por hectare. Em alguns locais têm se detectado de 50% a 60% de perfilhos atacados, ocasionando redução de 20 a 30
toneladas por hectare. Em áreas de ataque intenso desta praga há necessidade de reforma do canavial após o primeiro corte, onde também deve-se levar em
conta as condições climáticas e o tipo de solo.
Uma das soluções encontradas para reduzir a perda é utilizar mudas sadias em novas áreas e limpar adequadamente máquinas e implementos, incluindo as
colhedoras. Outra maneira de reduzir suas populações é destruir mecanicamente a soqueira infestada na época seca do ano, e adotar o vazio sanitário por pelo
menos 4 ou 5 meses. Além da exposição ao sol e a presença de inimigos naturais que também colaboram na diminuição desta praga.
Aplicação de inseticidas químicos pelo corte da soqueira em época chuvosa, também é um dos tratamentos utilizados. Podendo ter eficiência em 50% na redução dos danos.